O Prêmio Candango de Literatura, uma iniciativa da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) do Governo do Distrito Federal, nasceu em 2021 para estimular à circulação no Brasil da produção recente de escritores e escritoras de países lusófonos.
Com Brasil e Portugal à frente, são dez países que têm o português como língua oficial, num total de 290 milhões de falantes, fora os lugares em que se fala o idioma não oficialmente. A língua portuguesa é a 8ª mais falada no mundo, a 3ª mais falada no ocidente e a 1ª quando se trata apenas do hemisfério sul.
Neste contexto, o Prêmio Candango tornou-se um importante instrumento para reforçar Brasília como um pólo cultural na área da literatura de mundial.
“O Prêmio Candango de Literatura estabelece parceria com a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), embaixadas de países lusófonos e editoras presentes nessas nações”, explica o escritor Maurício Melo Júnior, presidente do Instituto Casa de Autores, instituição vencedora do chamamento público para a operacionalização do prêmio em 2022 e em 2025.
Prêmio Candango de literatura: aproximando autores e leitores em língua portuguesa. Fique ligado nas próximas edições!
Em 2025, disputaram produções literárias lançadas em língua portuguesa no ano de 2024, com 2080 inscrições de 13 países diferentes, incluindo Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, dentre os países da CPLP, além de inscrições de produções em português realizadas nos EUA, Suíça, Colômbia, Países Baixos, Uruguai, França e Itália. Essa diversidade evidencia o alcance global do prêmio e a riqueza de perspectivas culturais entre os selecionados.
Em 2025 houve 2.080 inscrições válidas, em 7 categorias: capa (300), incentivo à leitura (60), livro de contos (310), livro de poesia (718), Prêmio Brasília (80), projeto Gráfico (117) e romance (495).
Ao todo, foram distribuídos R$ 195.000,00 (cento e noventa e cinco mil reais) em prêmios nas 7 categorias do prêmio.
A curadoria da segunda edição do prêmio foi do escritor, redator e professor universitário João Anzanello Carrascoza.
Em 2022, autores e autoras de quatro continentes (América, Europa, Ásia e África) concorreram ao 1º Prêmio Candango de Literatura. Na ocasião, concorreram ao prêmio 1984 produções literárias lançadas em língua portuguesa no ano de 2021.
Ao todo, foram distribuídos R$ 180.000,00 (cento e oitenta mil reais) em prêmios nas categorias: romance, conto, poesia, Prêmio Brasília, capa, projeto gráfico e duas linhas de incentivo à leitura (geral e pessoa com deficiência).
“O Prêmio Candango de Literatura tem o objetivo de valorizar a escrita em língua portuguesa, tendo como base Brasília, cidade que possui numerosos autores e poetas reconhecidos. Esse intercâmbio com países de língua portuguesa enriquece a cultura do DF e é o primeiro passo da Secretaria de Cultura e Economia Criativa para colocar a cidade no calendário da literatura mundial”, afirmou o secretário de Cultura, Bartolomeu Rodrigues, ainda em 2022.
A primeira edição do prêmio comemorou ainda o título de Brasília como “Capital Ibero-Americana das Culturas de 2022”, atribuído em Madri pela União das Cidades Capitais Ibero-Americanas (UCCI). A organização escolhe a cada ano uma capital que recebe a incumbência de promover a diversidade cultural ibero-americana, fomentar o diálogo intercultural e ações de intercâmbio.
A curadoria do prêmio foi do escritor Ignácio de Loyola Brandão, contista, romancista, cronista, jornalista e membro da Academia Brasileira de Letras. “Em momento de sufoco para a cultura brasileira, o Prêmio Candango nos faz respirar e acreditar que é possível enfrentar, seguir, criar, produzir”, diz o autor de “Zero” (1975), romance que foi proibido pela ditadura militar por denunciar a repressão e promover o desejo de liberdade.
Foram quase duas mil obras inscritas. Em todas as 8 categorias, foram selecionados 10 finalistas. Os vencedores nas categorias Romance, Poesia, Contos e Prêmio Brasília receberam, cada um, R$ 30 mil. Já as categorias Capa e Projeto Gráfico ficaram com prêmios no valor de R$ 12 mil, e os prêmios de incentivo à leitura ganham R$ 15 mil cada.
Os ganhadores foram escolhidos por um júri formado por nomes como Antonio Carlos Secchin, Claufe Rodrigues, Cida Pedrosa, Regina Dalcastagnè e Raimundo Carreiro.
Coube ao artista plástico André Cerino fazer o troféu entregue aos premiados nas duas primeiras edições do Prêmio. A escultura de 30 centímetros de altura e 8 centímetros de largura, em bronze, inspira-se na obra de arte “Os Guerreiros”, de Bruno Giorgi, instalada na Praça dos Três Poderes, conhecida popularmente como “Dois Candangos”.
“Na minha criação procurei destacar uma figura que remeta à capital, não faça distinção de gênero e consagre o amor pelo livro”, explica Cerino. “A escultura arranca o livro do coração e o coloca acima da cabeça, perfazendo o percurso que vai do sentimento à razão”, salienta Maurício Melo Júnior.
A Casa de Autores foi criada em 2006 com o objetivo maior de estimular a leitura no Brasil. Deste então, promoveu feiras literárias em diversas cidades do Distrito Federal e de Goiás, incluindo 14 edições da Festa Literária de Pirenópolis (FLIPIRI). Além disso, a organização promove um trabalho constante de aproximação entre escritores, escritoras e alunos de escolas da rede pública e particulares. “Quando colocamos autores em contato com estudantes, criamos leitores”, atesta Maurício Melo Júnior, pernambucano que há 40 anos mora em Brasília.
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